Visitar o Guggenheim Bilbao foi como entrar em um organismo vivo de arte e arquitetura. A estrutura te envolve, e cada sala parece te convidar a explorar não só o conteúdo, mas, principalmente o próprio espaço.
Todo o entorno do museu já vale a visita, jardins, pontes, obras externas, instalações. Tudo já vai te preparando para contemplar as obras internas. Mas apesar de qualquer maravilha, a grande obra de arte é o próprio prédio do Museu Guggenheim Bilbao. Dava pra ficar toda uma tarde inteira contemplando e aproveitando o lado externo.
Esse artigo conta nossa experiência. Se você está procurando informações práticas para se programar, dá uma olhada no nosso guia completo para visitar o Museu Guggenheim em Bilbao.






Mas vamos falar do lado de dentro
Já ter as entradas nos poupou de enfrentar uma bela fila. Por ser um sábado, o museu tinha bastante gente. E entrar direto fez muita diferença no tempo de toda a visita. Afinal, ainda tínhamos que voltar para Madrid na sequência.
Algumas exposições internas estavam fantásticas. As fixas que mais gostamos foram a “The Matter of Time” que com seus labirintos gigantes e retorcidos de metal nos fizeram sentir como parte das obras. A “Rising Sea“, que impactou e gerou certos questionamentos, pelo menos em mim, sobre consumo, válvulas de escape e etc. E uma ala que é toda voltada para as cores e suas representações. Eu, como uma garota “laranja”, amante das cores fortes e vibrantes, apesar da simplicidade, acabei gostando muito da energia dessa parte.
Fomos muito felizes nessa visita ao Guggenheim, pois coincidimos como uma exposição temporária da brasileira Tarsila do Amaral. E além de toda a representatividade brasileira, suas obras e o uso que ela faz das cores, fizeram com que esse setor ganhasse meu carinho especial.



Outra exposição temporária que gostamos muito foi a “In Situ”, uma instalação que misturava arte, tecnologia de IA e música. Ele é quase uma ode ao arquiteto que fez o museu, Frank Gehry.
Mas nem tudo que tinha no museu me impactou de maneira positiva. Me deparei com a realidade de que não sou uma grande apreciadora do tal do expressionismo abstrato. Haviam obras que para mim, eram apenas borrões de tinta e eu via pessoas fazendo comentários como se representassem algo realmente profundo. E eu sem entender llufas. Aí você pode me falar que arte não é pra ser entendida e sim sentida.
Mas nas obras, eu sinceramente não podia deixar de pensar que até eu teria sido uma grande artista, se vendesse minha arte super cara. Duvida? Segue minha super obra de arte, feita há mais de 10 anos e depois compara com a exposição temporária no Guggenheim, da artista Helen Frankenthaler. Sou boa, não?
Depois de explorar os três andares, a saída é pela loja do museu. Realmente, tem uma curadoria fantástica principalmente de livros sobre arte e arquitetura, mas pense em preços altos. Então o jeito foi procurar alternativas mais atrativas no entorno. E o melhor lugar pra comprar lembrancinhas (melhor preço), foram duas lojinhas que ficam do outro lado da avenida em frente ao “Puppy”.
Agora, se você me perguntar se vale a pena… Vou responder que sim, mas com um pequeno adendo. O museu é incrível e tem uma ótima junção de arte e arquitetura (que não deixa de ser um tipo de arte, mas com mais matemática). Aproveite também para visitar a região. Coma muitos pinchos, fique confuso com o idioma local – o Euskera, ouça músicas muito diferentes, conheça um pouco da história dessa região e se maravilhe com algumas paisagens belíssimas. Com certeza toda a sua viagem será repleta de arte em todas as suas formas.


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